A
Barragem de Germano, a maior do complexo de mesmo nome da Samarco em
Mariana, na Região Central do estado, opera com nível de segurança
abaixo do recomendável, admitiu ontem a mineradora. O diretor de
Projetos e Ecoeficiência da empresa, Maury Souza Júnior, informou
que uma das paredes de sustentação da estrutura está com
coeficiente de segurança de 1,22, abaixo do que a empresa considera
como mínimo, que é 1,30. Segundo ele, são quatro paredes,
sendo que o dique principal tem coeficiente de 1,98. O diretor
informou que estão sendo feitas intervenções para acrescentar
blocos de pedra na contenção da parede afetada, conhecida como
Selinha, até que seja alcançado o coeficiente de 1,30. Apesar
disso, ele garantiu que a barragem está estável. Posteriormente, as
intervenções vão continuar para que os coeficientes das três
paredes cheguem a 1,7, por medida de segurança. Além do dique
principal, as paredes são Selinha (1,22), Tulipa (1,46) e Sela
(1,48).
Segundo
o engenheiro geólogo Edézio Teixeira de Carvalho, professor
aposentado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o índice
de 1,22 no coeficiente de segurança é muito baixo. “Esse
valor é calculado com a relação entre as forças resistentes (que
dão sustentação à estrutura) e as forças solicitantes (que fazem
pressão sobre ela). O ideal é que esse número seja próximo de 2,
sendo que, na minha avaliação, o mínimo para que a barragem
esteja segura é a partir de 1,5. Se estão dizendo que esse índice
é 1,22, significa uma folga de apenas 22% na relação das forças
resistentes e solicitantes”, explicou o especialista. “Se
o valor chega a 1, é o perfeito equilíbrio, significa que a
barragem está em seu limite, perto de romper”, acrescentou.
Valor abaixo disso significa colapso. “O cálculo tem que dar no
mínimo 1”, afirmou.
(...)
Na manhã de ontem, o prefeito de Mariana, Duarte Júnior, também
havia confirmado a existência de uma fissura em uma das três
contenções da Barragem Germano. Segundo o prefeito, a estrutura
está sendo monitorada 24 horas por dia, com base em cálculos que
medem o risco de rompimento. Por enquanto, o governo de Minas não
deve enviar equipe ao local, segundo Duarte Júnior. “Qualquer
pequena fissura para nós é muito grande”, disse o prefeito, que
acrescentou temer que um novo rompimento leve uma enxurrada ainda
maior de rejeitos de minério à comunidade de Camargos.
SEM RESPOSTAS: Na quarta-feira, o presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, deu entrevista coletiva e se limitou a dizer que as estruturas da barragem estavam estáveis, mas admitiu que foi necessário aumentar seu “grau de segurança”. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deu prazo de 48 horas para que a mineradora apresentasse uma projeção de impactos causados por um eventual rompimento da Barragem do Germano. Além disso, determinou que a empresa relacionasse as ações emergenciais a serem conduzidas no caso de mais um desastre.
SEM RESPOSTAS: Na quarta-feira, o presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, deu entrevista coletiva e se limitou a dizer que as estruturas da barragem estavam estáveis, mas admitiu que foi necessário aumentar seu “grau de segurança”. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deu prazo de 48 horas para que a mineradora apresentasse uma projeção de impactos causados por um eventual rompimento da Barragem do Germano. Além disso, determinou que a empresa relacionasse as ações emergenciais a serem conduzidas no caso de mais um desastre.
As informações ainda não foram repassadas. Restam perguntas ainda sobre as duas estruturas que se romperam, liberando um fluxo de água e lama de 62 milhões de metros cúbicos, equivalente a nove vezes a Lagoa da Pampulha. “Se as duas barragens tinham um corpo geotécnico trabalhando 24 horas, quero saber se foi percebido o erro que resultaria no rompimento e, se foi notada a falha, por que ela não foi sanada a tempo”, avisou Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador do Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais (Nucam) do Ministério Público de Minas Gerais. A partir da semana que vem, o promotor de Justiça começa a interrogar, um a um, os funcionários, engenheiros e técnicos envolvidos na operação das minas em questão. No total, entre terceirizados e trabalhadores diretos da Samarco/Vale/BHP Billington, devem ser ouvidas até 15 pessoas.
Estado de Minas (14/11/2015).
Por: Guilherme Paranaíba, João Henrique do Vale, Marcelo Faria e
Sandra Kiefer
Estado de Minas (14/11/2014)?????
ResponderExcluirEu quero o que e meu por direito pois a minha geraçao vai ter uma historia de filme de ficçao so que em fato real .e como um filme sem titulo uma historia surreal .E como uma epidemia uma morte fatal
ResponderExcluirEu quero o que e meu por direito pois a minha geraçao vai ter uma historia de filme de ficçao so que em fato real .e como um filme sem titulo uma historia surreal .E como uma epidemia uma morte fatal
ResponderExcluirDia 18 votação em Brumadinho sobre continuar exploração. Pensa nisso antes de aprovar. Será Brumadinho tem segurança?
ResponderExcluirComo monitorar? Como pode segurança de 22% ? Estão com uma bomba atômica nas mãos e o estopim aceso?
ResponderExcluirComo monitorar? Como pode segurança de 22% ? Estão com uma bomba atômica nas mãos e o estopim aceso?
ResponderExcluirE as empresas responsáveis; farão o quê para impedir outra catástrofe e para resolver a atual?
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