No número de
31 de janeiro deste ano da revista DeFato (editada em Itabira),
chamou a atenção uma matéria com o título "Em defesa das
cidades mineradoras".
Trata-se na verdade de uma entrevista com
Toninho Timbira, prefeito de Santa Bárbara e último presidente da
Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (AMIG).
Toninho
declarou em alto e bom som: A Amig, que neste ano comemora seus
24 anos, é uma entidade que nasceu com o firme propósito de
defender os interesses dos municípios mineradores na promoção de
desenvolvimento sustentável, com geração de investimentos para a
melhoria da QUALIDADE DE VIDA e na conquista de recursos para
infraestrutura, SAÚDE, EDUCAÇÃO e PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
(obs: grifos do Mariana Viva).
A partir de
agora, responde pela entidade ninguém menos que o Sr. Celso Cota,
prefeito de Mariana.
Algo será feito pela AMIG no sentido de fazer jus à razão
(declarada) da própria existência? Qualidade de vida, bom atendimento à saúde e boa educação pública não são o forte em cidades como Mariana, Catas Altas, Ouro Preto, Santa Bárbara e Congonhas. Se tal entidade existe há mais de duas décadas,
então ainda não disse a que veio - basta um passeio pelas cidades
citadas para se perceber que
elas são talvez o exemplo oposto daquilo que se convencionou chamar
de "qualidade de vida". O preço dos aluguéis nestes municípios que o diga.
Esta entidade
pode ter sido útil e AMIGA de alguém, mas não da população de
Mariana e outras cidades mineradoras.