segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O impacto sobre a natureza após o desastre de Mariana: o que dizem os especialistas




  • Maurício Ehrlich, professor de geotecnia da Coppe-UFRJ: "Esse resíduo de mineração é infértil porque não tem matéria orgânica. Nada nasce ali. É como plantar na areia da praia de Copacabana". A reconstituição do solo pode levar "até centenas de anos, que é a escala geológica para a formação de um novo solo".

  • Ricardo Coelho, ecólogo da UFMG: "A perda da biodiversidade pode demorar décadas para ser reestabelecida. E isso ainda vai depender de programas montados para esse fim", diz. "Existe ainda a possibilidade de espécies endêmicas [que existem só naquela região] serem extintas."

  • André Ruschi, diretor da Estação de Biologia Marinha Augusto Ruschi: "Há espécies animais e vegetais ali [no Rio Doce] que podemos considerar extintas a partir de hoje". Ele chama a atenção para o fato de que o rompimento das barragens coincidiu com o período de reprodução de várias espécies de peixes. "É o maior desastre ambiental da história do país".

Folha de São Paulo (15/11/2015)

Nenhum comentário:

Postar um comentário