quinta-feira, 21 de março de 2013

O conto de fadas da "AMIG"


No número de 31 de janeiro deste ano da revista DeFato (editada em Itabira), chamou a atenção uma matéria com o título "Em defesa das cidades mineradoras".

Trata-se na verdade de uma entrevista com Toninho Timbira, prefeito de Santa Bárbara e último presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (AMIG).

Toninho declarou em alto e bom som: A Amig, que neste ano comemora seus 24 anos, é uma entidade que nasceu com o firme propósito de defender os interesses dos municípios mineradores na promoção de desenvolvimento sustentável, com geração de investimentos para a melhoria da QUALIDADE DE VIDA e na conquista de recursos para infraestrutura, SAÚDE, EDUCAÇÃO e PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE (obs: grifos do Mariana Viva).

A partir de agora, responde pela entidade ninguém menos que o Sr. Celso Cota, prefeito de Mariana.

Algo será feito pela AMIG no sentido de fazer jus à razão (declarada) da própria existência? Qualidade de vida, bom atendimento à saúde e boa educação pública não são o forte em cidades como Mariana, Catas Altas, Ouro Preto, Santa Bárbara e Congonhas. Se tal entidade existe há mais de duas décadas, então ainda não disse a que veio - basta um passeio pelas cidades citadas para se perceber que elas são talvez o exemplo oposto daquilo que se convencionou chamar de "qualidade de vida". O preço dos aluguéis nestes municípios que o diga.

Esta entidade pode ter sido útil e AMIGA de alguém, mas não da população de Mariana e outras cidades mineradoras.

Mariana e Ouro Preto: boas de arrecadação, ruins em tudo o mais. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica nas escolas municipais (fonte: MEC), receita em 2010 (fonte: site do Tesouro Nacional) e índice de qualidade de vida em 2009 (fonte: FIRJAM).