domingo, 8 de novembro de 2015

Em 2014 a Samarco elevou a quantidade de rejeitos para 21,9 milhões de toneladas ao ano. Mas as obras para ampliar capacidade das barragens de Germano e Fundão só se iniciaram em meados de 2015

Barragens de Germano (toda a parte esquerda e inferior da foto) e do Fundão (canto superior direito) antes do rompimento no dia 05/11/2015



Segundo reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo neste domingo (8/11/2015), em 2014 a produção da unidade da Samarco de Mariana subiu para 25 milhões de toneladas, o que significa um crescimento de 15% em relação ao ano de 2013. Consequentemente, deu-se também um aumento substancial do volume de rejeitos, que subiu para 21,9 milhões de toneladas ao ano. Toda essa massa de "estéril", como se denomina na linguagem da mineração, era armazenada no gigantesco complexo das barragens do Fundão, Santarém e Germano.
Das três, somente a última ainda permanece de pé.
Entretanto o aumento da capacidade das barragens ("alteamento") só começou a ser feito após o aumento da produção. Como noticiou a imprensa local no mês de julho, a Samarco comunicou à Câmara de Vereadores de Mariana que estava dando início aos trabalhos de "alteamento" das barragens de Germano e Fundão. O coordenador de construção do projeto, Eduardo Moreira, informou que a área abrangida seria de 204,65 hectares (Território Notícias, 24/07/2015), o que corresponde à área ocupada por 286,62 campos de futebol.
Na região circulam rumores de que a barragem de Germano corre o risco de colapso. Fotos aéreas (ver abaixo) mostram que ela pode ter tido parte das suas estruturas afetadas pela descida do material do Fundão.
A Samarco afirma que não há indícios que a maior das barragens do complexo possa se romper.

Imagem aérea feita a jusante após a catástrofe. Até que ponto é segura a situação da gigantesca barragem de Germano (à esquerda)?

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